O maior desfile naval, desde a II Guerra Mundial (1939- 1945), foi celebrado na baía de Portsmouth (sul de Inglaterra), onde se reuniram 250.000 pessoas, muitas com binóculos para não perderem o espectáculo.
Um total de 167 navios - vasos de guerra, barcos mercantes, iates e veleiros - com 30.000 marinheiros a bordo protagonizaram a parada, que arrancou depois do meio-dia com sol e terminou três horas mais tarde com a chuva que estragou de alguma forma os festejos.
A revista marcou o início dos festejos organizados no Reino Unido para recordar o combate, em que a frota inglesa, comandada pelo almirante Nelson, derrotou a esquadra hispano-francesa, a cargo do almirante francês Villeneuve.
A batalha, travada a 21 de Outubro de 1805 no cabo Trafalgar, em frente a Cádis (sul de Espanha), resultou em mais de seis mil marinheiros mortos num inferno de fogo e metralha.
O confronto foi nefasto para a Espanha que se viu assim forçada a ceder a supremacia dos mares para Inglaterra.
Virada a página do desastre e convidados pela Royal Navy (Armada britânica), não faltaram os "derrotados". A Espanha enviou o porta-aviões Príncipe das Astúrias acompanhado da mais moderna fragata, a Blas de Lezo.
A França enviou seis barcos, entre os quais o porta-aviões nuclear Charles de Gaulle, navio insígnia da Armada francesa, num reencontro de países, então inimigos, mas aliados hoje em dia.
Antes da revista, Elizabeth II, juntamente com o marido, o duque de Edimburgo, inspeccionou uma guarda de honra que prestou honras militares perante o HMS Victory, o navio de Horácio Nelson, uma relíquia histórica fundeada na base da Royal Navy em Portsmouth.
A bordo deste barco convertido agora num museu flutuante de esplêndido velame, Nelson caiu morto por uma bala depois pronunciar aos seus homens a célebre fase:
-A Inglaterra espera que cada homem cumpra com o seu dever.
A rainha rendeu tributo ao herói caído: As supremas qualidades - afirmou - de marinheiro, liderança, humanidade e coragem do almirante Nelson face ao perigo são hoje reconhecidas pela comunidade marítima".
"Nelson não poderia desejar maior legado", acrescentou Isabel II que embarcou depois no HMS Endurance, o navio quebra-gelos de investigação da Armada britânica na Antártida, escoltada por patrulhas com agentes de polícia armados.
Desde navio, Elizabeth II passou revista à gigantesca frota, cujas tripulações, perfeitamente alinhadas e em uniforme de gala, saudaram a Soberana enquanto tocavam os hinos nacionais e se disparavam salvas de ordenança.
Outros seis membros da Família real presenciaram o desfile, como o príncipe Charles, herdeiro da Coroa, e a mulher, Camilla, duquesa de Cornualha, que embarcaram no HMS Scott, navio de reconhecimento da Marinha britânica.
Responsáveis de cinquentas Marinhas de todo o mundo assistiram à parada.
Em terra, a multidão que abarrotava o passeio marítimo de Portsmouth, apetrechado de gelados, refrescos e cervejas, agitaram bandeiras britânicas e desfrutaram de um dia único para muitos.
A jornada culminou com um espetáculo de luz e som que recriou uma batalha naval do período napoleónico, um ator representou a morte de Nelson, e depois fogos de artificios iluminaram o céu, toda uma evocação da tempestade que se seguiu ao desastre de 21 de Outubro de 1805.
Aviso ao erich, ele está inscrito na prova de admissão da CPCAR, 29 de julho de 2012. Pegar material comigo aqui no TJ. infos no site: http://www.barbacena.com.br/epcar/?conteudo=cpcar2013#box3
ResponderExcluirBONS VENTOS...